Mesas de debate: serão propostas quatro mesas, cada uma composta por dois (ou três) debatedores e um mediador, sendo que o fio condutor do debate será um questionamento acerca da performance levantado durante a fase de pesquisa e estudo sobre o tema.
05 MAR / 19:30 às 22:00 - O que não é performance?: A performance como gênero.
Lucio Agra, Beth Lopes e Ana Carolina Roman*
Como surge uma nova forma de arte? É possível chamar a performance de gênero do conceitualismo? Quais características permitem que uma ação, um gesto, um comportamento sejam aceitos como obras pelo sistema de arte? Enunciar tal questão parte do pressuposto de que hajam características comuns capazes de produzir definições estáveis, agrupamentos, organização taxonômica. Logo, quem ou qual instituição seria capaz de reivindicar a autoridade para estabelecer tais postulados?
12 MAR / 19:30 às 22:00 - Zona limítrofe: os diversos campos artístico e suas especificidades
Fernando Iazzetta, Artur Matuck, Marcelo Denny e Victor Negri*
A palavra performance designa práticas artísticas diversas legitimadas pelas inúmeras instituições e campos artísticos: dança, música, teatro, artes visuais. O mundo contemporâneo parece deixar tais limites mais fluídos, principalmente pelo advento de tecnologias que permitem grande circulação de pessoas e informações, e pela aparente não necessidade de afirmação de autonomia dos campos em nosso contexto. Entretanto, o que se coloca como questão é: há especificidades da performance na dança? E no teatro? E a vídeoperformance? E, alguma universalidade no conceito que permite que práticas tão diversas possam ser agrupadas por um mesmo gênero?
19 MAR / 19:30 às 22:00 - O artista performer: corpo de si e o corpo do outro
Mário Ramiro, Ricardo Basbaum e Ana Goldstein*
Se o corpo [do performer] foi, com frequência, explorado como último recurso ao exercício da liberdade individual, até onde é possível arriscar-se? De modo diverso, quando não é o corpo do artista que é colocado em questão, mas o corpo alheio, este surge na performance como sujeito ou transforma-se em objeto artístico esvaziado de vontade? No que diz respeito ao desempenho de máquinas e objetos, até onde é possível conceituá-los como performáticos?
26 MAR / 19:30 às 22:00 - Percursos possíveis: a institucionalização da performance
Daniela Mattos, Marcos Gallon e Carlos Monroy*
A aparente efemeridade do ato performático nos coloca diante da dificuldade em delimitar claramente o seu início e final, e, mais ainda, nos traz a problemática classificação daquilo que a performance gera enquanto objeto físico no espaço e enquanto registro. São registros, rastros ou documentos? Há possibilidade de dissociação destes objetos em relação ao ato que o produz? Estes objetos possuem autonomia no campo da arte? De que maneira estes objetos passam a ser incorporados institucionalmente?
*Retirar senha 30 min. antes
Durante pesquisas iniciadas em 2013 no Centro Universitário Maria Antonia, o Coletivo Sem Título, s.d. se viu diante da dificuldade de definição e das diferentes práticas artísticas lidas a partir de um amplo gênero intitulado performance. Assim, passou-se a investigar objetivamente algumas questões acerca das possibilidades e dos limites da utilização do corpo na arte, as formas de institucionalização dessas práticas em museus, cursos superiores e no mercado de arte no Brasil, e, no limite, o que significava este gênero performance. A dificuldade em responder a tais questões sem diálogos interdisciplinares foi o principal impulso para a realização deste evento.
“O que não é performance?” surge com o intuito de compreender este espaço “entre”, difuso e heterogêneo, no qual a performance se coloca. A proposta consiste em debater questões referentes à performance que estão nas bordas do próprio gênero, nas fronteiras entre aquilo que se chama comumente de “performance” e os vários campos da arte: artes plásticas, teatro, música etc. Assim, como impulsionadoras do eventos estão colocadas questões como a documentação, o registro e os vestígios das ações, as relações entre performance e técnica (como as pesquisas sonoras e de vídeo que ganham destaque na produção contemporânea), a inserção institucional da performance e as especificidades dos “atos performativos”. O evento contará com a realização de mesas de debate, mostra de performances e com a realização de uma publicação sobre o evento.
o que não é performance?
mesas
rua maria antonia, 294, vila buarque
entrada franca
performances
03 MAR / 19:30 às 22:00
Guto Lacaz - LUDO VOO, 35 min / Sala 100 / Sessões às 20:00h e 21:00h / Retirar senha 30 min. antes
Otávio Donasci - Casulos, duração variável / Hall 1o andar
Gabriel Brito Nunes - (des)Instalação, aprox. 2h / Marquise
10 MAR / 19:30 às 22:00
Thiago Salas e Lucas Almeida - Escritório de sugestões musicais, aprox. 30 min / 2o andar
Luisa Nóbrega - Eco ou reescrita: nunca te disse que ia durar, 24 horas / 1o andar
Ana Elisa Carramaschi - Elástica [com cisne], aprox. 50 min / Hall de entrada e praça
17 MAR / 19:30 às 22:00
Olyvia Bynum - Esclarecimento, aprox. 40 min / 2o andar
Maya Dikstein - Sem Título, seis dias (16/03 a 21/03) / Edifício Rui Barbosa
Lucio Agra - Vejo tudo nu, aprox 30 min / Praça
24 MAR / 19:30 às 22:00
Lia Chaia e Thiago Amoral - Trílito, aprox. 20 min / 2o andar
Renan Marcondes- Estudo para geografias impermanentes, 75 min. / Hall 1o. andar
Carlos Monroy - Enunciações: Emendando palavras, emendando crenças. Da série: Re-formando a fé,
duração variável / de 23 a 27 de Março, às 19:00h / Praça
